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Avançam as Discussões sobre a Alíquota Padrão do IVA na Reforma Tributária

O mês de setembro foi palco de acalorados debates no Congresso Nacional em torno da definição da alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unificará PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A principal preocupação dos parlamentares e de diversos setores da economia era o possível aumento da carga tributária para os consumidores finais. Estudos apresentados por diferentes consultorias indicavam que a alíquota poderia variar significativamente, a depender das exceções que fossem aprovadas para determinados setores.

A discussão central girou em torno de quais serviços e produtos teriam alíquotas reduzidas ou isenções, o que impactaria diretamente no cálculo da alíquota geral. Setores como o de serviços, agronegócio e saúde buscaram ativamente garantir um tratamento diferenciado, argumentando sobre o impacto social e econômico de uma tributação mais elevada. O governo, por sua vez, tentava equilibrar as contas e garantir a neutralidade da reforma, ou seja, sem aumento da carga tributária global.

A falta de um consenso claro sobre o tema gerou incertezas no mercado, com empresas adiando investimentos e aguardando uma definição mais concreta. Especialistas em direito tributário apontavam para a complexidade técnica e política da matéria, ressaltando que a definição da alíquota padrão seria um dos pontos mais sensíveis de toda a reforma, com potencial para definir o sucesso ou o fracasso da nova sistemática de tributação sobre o consumo no país. A expectativa era que as negociações se intensificassem nos meses seguintes.